LIMITES DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL: O CASO DE MOÇAMBIQUE
DOI:
https://doi.org/10.47695/hegemonia.vi24.240Resumo
O artigo faz uma incursão sobre a natureza da cooperação internacional em Moçambique para entender alguns limites dessa prática política. Em perspectiva histórica, procura-se explicar a cooperação internacional como um produto das relações internacionais do pós-Segunda Guerra Mundial ao apresentar dois conceitos divergentes sobre essa matéria, a Ajuda Oficial ao Desenvolvimento e a Cooperação Sul-Sul, que trazem à tona as ontologias das políticas de cooperação em Moçambique, das quais o Brasil atualmente é um ator muito relevante. Em seguida, o foco do artigo recai sobre a história recente e o contexto social de Moçambique para enfatizar o caráter de dependência estrutural que esse país apresentava dos recursos estrangeiros que vinham sobre o signo da cooperação internacional. A partir do estudo histórico da cooperação em Moçambique, entre 1975 e 2015, o artigo questiona o "lugar" da cooperação para esse país e os possíveis "limites" que essa cooperação encontra. Destacam-se três limites estruturais: (i) limites em relação ao exercício da soberania nacional; (ii) limites em relação aos interesses nacionais dos doadores; e (iii) limites econômicos.
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